“Uma
igreja pobre para os pobres”
Foi assim que o Papa descreveu seu caminho,
seguindo São Francisco de Assis! No entanto, na prática, conseguirá atingir
esses objetivos?
A
Igreja Católica, maior instituição financeira do mundo, com mais de l.200
bilhão de fiéis e uma tradição de 2.000 anos, irá se deixar atualizar, com
mudanças de rumo que exigem novos
fundamentos? Atualizar? Sim, atualizar, porque o mundo mudou e a Igreja
ficou distante de algumas mudanças sociais já aceitas e irreversíveis!
PRIORIDADES
A
pedofilia já é crime social inaceitável, há algum tempo. No entanto, os seus casos
de abusos sexuais têm sido sistematicamente acobertados. Urge limpar a imagem
da Igreja que vem sendo muito prejudicada. É um dos maiores e dos mais urgentes
desafios a ser enfrentados.
Quanto
à transparência das contas financeiras do Vaticano, é o grande problema que
todos os governos atuais vêm enfrentando. Parece que a honestidade desapareceu
do planeta... Até do lugar que se pretendia “santo”... Quanto a isso, São
Francisco de Assis pode iluminar o caminho a seguir, ressalvando a opção do
caminho adotado, por ele próprio...
Já
fizemos referência à imobilidade da Igreja, quanto às atuais transformações
sociais. A partir da década de sessenta,
com a pílula anticoncepcional, a liberação das mulheres, o aborto, a
homossexualidade, a eutanásia, a aceitação das diferenças e o diálogo com
outras religiões, a Igreja nunca se manifestou claramente no sentido de tentar
ajudar e compreender a posição dos fieis atingidos. Essa situação tem levado à
perda de inúmeros fieis através do mundo, fieis que não sabem como agir quanto
a seus problemas e à atual realidade.
Finalmente,
o problema crucial dos nossos dias é a desigualdade social: os ricos e os
pobres. Os excluídos socialmente, a fome no mundo e a falta de água, de
escolas, de hospitais e de trabalho. Nesse setor há tudo a se fazer e é grande
a omissão da Igreja. Esse foi o grande tema de São Francisco de Assis e a
principal referência de Papa Francisco!
Muitos
não esperam grandes mudanças na atual estrutura da Igreja. Compreendo que é uma
imensa tarefa... Que o Papa Francisco ao menos suavize o discurso da Igreja...
Começar já é um grande passo...
Só nos
resta a esperança...
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